por Grace Maciel
Durante reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), o Governo Federal apresentou os percentuais de reajuste dos benefícios dos servidores públicos federais referentes ao período de 2023 a 2025.
Apesar de reconhecerem o avanço no reajuste do auxílio alimentação, as entidades sindicais manifestaram frustração com o formato atual da mesa, que tem se tornado um espaço de repasse de informações, e não de negociação efetiva.
Reajustes apresentados
Após seis anos sem correção (último em 2016), os benefícios foram reajustados nos seguintes percentuais:
Auxílio - Alimentação
• R$ 458 → R$ 658 (maio/2023) — +43,66%
• R$ 658 → R$ 1.000 (maio/2024) — +51,97%
• Proposta para dez/2025: R$ 1.175 (+17,5%)
• Reajuste acumulado: +156,55%
Auxílio Pré-Escolar
• R$ 321 → R$ 484,90 (+51,05%)
Assistência à Saúde Suplementar
• Reajuste entre 5% e 100%, priorizando servidores com menores remunerações.
• Valor médio: R$ 144 → R$ 215 (+49,30%), podendo chegar a R$ 411,26 no maior valor pago.
Em abril de 2026, os benefícios deverão ser reajustados pelo IPCA, condicionados à aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Entidades cobram transparência e diálogo
As entidades sindicais lamentaram que as pautas não sejam informadas com antecedência, o que dificulta o preparo técnico para o debate.
Além disso, apontaram que as propostas chegam prontas, e que a recusa implica perda total do reajuste, o que esvazia o princípio da negociação.
“É um avanço termos a MNNP, mas ela precisa ser reformulada. A mesa deve ser um espaço de negociação real e democrática, e não apenas de comunicação unilateral”, reforçaram os dirigentes.
Participação do SINDFAZENDA
O presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Administrativos do Ministério da Fazenda- SINDFAZENDA, Luís Roberto da Silva, participou da reunião representando os servidores administrativos do MF.
Durante sua intervenção, destacou a necessidade de avanços concretos em pautas que valorizem também os aposentados e pensionistas, sugerindo:
• Auxílio - alimentação - necessidade de se fazer a equiparação com os demais poderes e sua extensão aos aposentados com a criação do auxílio-nutrição, voltado aos servidores aposentados e pensionistas;
• A transformação do “per capita” saúde em auxílio saúde, garantindo o benefício mesmo aos que não possuem plano de saúde privado.
Posicionamento do sindicato
Para o SINDFAZENDA, o reajuste dos auxílios representa um passo importante, mas não substitui o diálogo efetivo e participativo que os servidores esperam, como a equiparação com os demais poderes e sua ampliação para os aposentados, como mencionado acima.
“O governo precisa abrir espaço para ouvir, discutir e construir soluções conjuntas com os trabalhadores. Sem isso, a mesa deixa de ser de negociação e passa a ser apenas de repasse”, afirmou o presidente Luís.
A reunião contou com a presença do secretário José Lopez Feijó, representando o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e entidades ligadas ao Fonasefe, como o SINDFAZENDA, e o Fonacate.
Imprensa/SINDFAZENDA
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